Lágrimas são de açúcar que a água – da chuva – faz o favor, com gosto, de levar. Com meu vestidinho preto, pego as chaves de casa (e também de todos os portões e portais). Saio como um ciclone em mim e sem mim; varrendo tudo, deixando até paredes para trás.
Talvez, nessa velocidade toda, bem-assim-volátil-e-sagaz sei que consigo: presentes sinceros. Poesia que nunca temeria espiral, opacidade ou nudez – dessas também sentimentais -, transparência perspicaz e tudo, tudo que é rápido demais: dentro de mim.
Corpo é tapume. Fecho os olhos e continuo: tateando fundo, no obscuro, tenho clarividência de ancestral e essa coisa doida, que vem de longe e é sempre desconhecida. Desistência fajuta. Fujo de mentira: quase caracol.
Um comentário:
gostei.....
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