sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Silêncio


       Prédios desabam em mim. Corrôo as paredes. Engulo todo o chão, esvazio as salas de estar, faço motim: incendeio andar por andar. Sei que num só passo, uma coisa destrói a outra e a eternidade é um grande vazio e disforme espelho de asas. Estou para ninguém. E tudo a favor. A eletricidade pungente liberta contra o resto do mundo: a destruição também constrói.

Um comentário:

Paola Giovana disse...

A destruição, para mim, é construção vista do avesso.